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Heterocromia: por que algumas pessoas têm os olhos de cores diferentes? 

O que determina a cor dos olhos? 

A cor dos olhos é determinada pela genética, enquanto as tonalidades são influenciadas pela quantidade de melanina, assim como ocorre com a pele e os cabelos. A íris, o tecido que dá cor aos olhos, normalmente apresenta tons de verde, azul, castanho, preto ou acinzentado, dependendo da quantidade de melanina presente. 

Na íris, há três pigmentos principais – azul, castanho e amarelo – que desempenham um papel crucial na determinação da cor final do olho. Essas combinações de pigmentos são responsáveis pelas tonalidades mais comuns observadas em pessoas com heterocromia, como olhos azuis e castanhos, verdes e castanhos, ou verdes e azuis. 

Como ocorre a heterocromia? 

A heterocromia pode se manifestar tanto de forma congênita (desde o nascimento) quanto de forma adquirida ao longo da vida. Entenda as diferenças entre os tipos: 

Heterocromia completa  

Nesse tipo de heterocromia, a cor de um olho é completamente diferente da cor do outro. Por exemplo, um olho pode ser azul e o outro castanho. Essa forma é considerada mais rara. 

Heterocromia segmentar  

Nessa variação, diferentes partes da íris produzem tons diferentes. Uma parte do olho pode ter uma tonalidade azulada, enquanto outra parte do mesmo olho apresenta uma cor castanha. Esse tipo de heterocromia resulta em uma variedade de cores dentro da própria íris. 

Heterocromia central 

Conhecida como “olho de gato”, nesse tipo a cor do anel externo da íris é distinta do restante dos olhos. Por exemplo, o anel pode ser azulado e o centro castanho. 

Heterocromia genética 

A heterocromia genética é causada por mutações nos genes EYCL3 e EYCL1, que estão envolvidos na produção de melanina na íris. Essas mutações podem levar os olhos a terem tonalidades mais voltadas para o castanho, azul ou verde. É importante destacar que a heterocromia genética não é necessariamente hereditária, podendo ocorrer em indivíduos sem histórico familiar da condição. 

Heterocromia adquirida 

Diferentemente da forma genética, a heterocromia adquirida geralmente ocorre após a primeira infância, podendo manifestar-se até mesmo na fase adulta. É importante ressaltar que a presença de olhos com cores diferentes, quando não é desde o nascimento, pode indicar doenças ou lesões. 

Portanto, é essencial ficar atento e procurar um oftalmologista se notar qualquer sinal de alteração nos olhos. O diagnóstico adequado e, se necessário, o tratamento adequado pode ser indicado. A ocorrência de heterocromia após o nascimento pode ser um sinal de condições como tumores, glaucoma, inflamação nos olhos, uveíte, diabetes, neurofibromatose, síndrome de Horner ou síndrome de Wardenburg. 

A heterocromia pode causar problemas nos olhos? 

Na maioria das vezes, como foi dito anteriormente, trata-se apenas de uma peculiaridade genética. Pacientes que possuem um dos olhos mais claros normalmente relatam maior sensibilidade à luz, o que é comum, não sendo exclusividade de quem tem a condição.  

Existe tratamento para a heterocromia? 

Por se tratar de uma característica quase que totalmente estética, sem danos para a saúde, não há tratamento para a heterocromia. No caso de pacientes que se sintam incomodados com a diferente coloração, a heterocromia pode ser corrigida por meio do uso de lentes de contato coloridas. 

Quando devo procurar o oftalmologista? 

Quando está presente desde o nascimento, a heterocromia não costuma ser indicativo de qualquer problema nos olhos. No entanto, quando surge ao longo da vida, pode ser um sinal de algum problema e requer avaliação por um oftalmologista. No caso de bebês que já nascem com heterocromia, é recomendado realizar um exame oftalmológico após 10 meses de vida.   

Em situações em que a alteração na coloração dos olhos ocorre ao longo da vida devido a lesões ou traumas oculares, geralmente é um indicativo de doenças que afetam a região ocular. Caso a heterocromia ocorra com você ou alguém próximo, é fundamental buscar ajuda oftalmológica imediata para que um especialista avalie a origem do problema. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para garantir a saúde ocular e prevenir complicações futuras. 

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